CONEXÃO DIRETA: BILLY ELLIOT
1 de setembro de 2010
Nesta temporada nova-iorquina 2010 temos o prazer da companhia do consultor cultural Marco Griesi, que faz seu début na Broadway…
A nosso convite, Marco – nosso SPECIAL GUEST - comenta neste post sobre o espetáculoBilly Elliot.
POR MARCO GRIESI
Estreando minha participação no site Circuito Broadway, das amigas Fernanda Chamma ePaola Novaes - minhas fadas-madrinhas da Times Square –, vou descrever minhas impressões a respeito do musical Billy Elliot, que eu ainda não tinha assistido…
Com músicas de Elton John, o espetáculo conta a história de um menino, que vive numa família tradicional de mineradores do norte da Inglaterra - e que descobre seu talento na dança. Reprimido pelo pai (que queria ver o filho lutando boxe), pelo irmão e pela comunidade mineradora, o garoto resolve seguir seu coração e dedicar-se ao ballet. E é justamente a partir deste ponto, que a história ganha vida e muita emoção…
Quando a família descobre que Billy freqüentava escondido as aulas de dança da professora Mrs. Wilkinson (interpretada pela sensacional Haydn Gwyne), brigas, discussões, gargalhadas, músicas arrepiantes e personagens marcantes ganham a cena… Para completar, toma forma um impecável trabalho corporal muito bem coreografado, que tem seu ponto alto com crianças talentosíssimas.
Haydn Gwyne, a professora de ballet, é um dos destaques do musical e chega a emocionar com sua interpretação no final do segundo ato - apesar de apresentar forte presença cômica durante toda a história.
Também é muito divertida e bem executada a performance do melhor amigo de Billy, o diferente Michael… Destaco ainda a avó abilolada de Elliot, muito bem interpretada por Carole Shelley.
Já sobre Gregory Jbara, que dá vida ao pai de Billy, preciso fazer uma confissão: primeiro eu quis matá-lo, depois abraçá-lo – pois ele foi responsável por muitos dos meus risos altos e lágrimas escondidas…
Sthepen Daldry, diretor do musical, também foi o diretor do filme homônimo em 2000, que também merece ser visto, mas não comparado ao espetáculo teatral…
Em particular, destaco duas cenas: a primeira ao som de Electricity, quando Billy se revolta; a segunda - e uma das mais emocionantes - , a que tem a participação do bailarino Stephen Hanna, que representa Billy mais velho.
Para quem não sabe, três atores-mirins se revezam no papel do protagonista. Assisti à versão com o latino Liam Redhead – e admito que, no início, me causou estranhamento ver um garoto moreno em uma família típica inglesa… Mas verdade seja dita: a magia do show faz diferenças como esta serem esquecidas…
Para encerrar, concluo que Billy Elliot, produção vencedora de 10 Tony Awards, é uma das melhores opcões em cartaz na temporada – se não a melhor… Querem prova? Eu quase saí vestido de tutu, assim como o elenco, ao final do espetáculo…
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